À medida que a temporada de 2025 da Fórmula 1 atinge a marca de um terço, apenas três pontos separam os pilotos da McLaren, Oscar Piastri e Lando Norris. No entanto, Max Verstappen permanece próximo da dupla da McLaren.
Piastri está três pontos à frente de Norris, enquanto Verstappen está 25 pontos atrás do australiano a caminho do Grande Prémio de Espanha deste fim de semana.
Historicamente, um carro rápido no Circuito de Barcelona-Catalunya tende a ser rápido na maioria das pistas do calendário, o que aumenta o interesse em torno da vantagem de ritmo da McLaren. Além disso, uma nova regulamentação técnica sobre asas flexíveis acrescenta incerteza sobre se essa vantagem da McLaren se manterá.
No Campeonato de Construtores, a McLaren acumulou grandes vantagens: 152 pontos sobre a Mercedes e 156 sobre a Red Bull. Contudo, no Campeonato de Pilotos, a concorrência equilibrada entre Norris e Piastri fez com que eles `tirassem` pontos um ao outro, ao contrário de Verstappen, que não teve de se preocupar com o colega de equipa e maximizou a maioria dos seus resultados.
Embora a McLaren tenha atualmente uma ligeira vantagem de ritmo sobre os outros, essa situação pode mudar rapidamente com as atualizações dos rivais e uma melhor compreensão dos carros.
Este fim de semana, em Espanha, será introduzido um novo teste de carga nas asas dianteiras, o qual o chefe da Red Bull, Christian Horner, diz que terá um `impacto`. Resta saber se isso afetará negativamente a McLaren. Se o fizer, e se Verstappen puder lutar regularmente por vitórias com base no ritmo puro, será que Zak Brown e Andrea Stella se arrependerão de não ter um piloto número um?
Não vale a pena irritar um piloto
Sobre a estratégia de ter dois pilotos igualmente priorizados, o comentador da Sky Sports F1, David Croft, argumentou contra a designação de um número um. Ele afirmou que a vantagem substancial da McLaren no Campeonato de Construtores justifica deixar Norris e Piastri competir livremente.
Enfatizou que ordens de equipa forçando um piloto a sacrificar-se pelo outro seriam prejudiciais e poderiam levar qualquer um dos pilotos a procurar oportunidades noutros lugares, especialmente quando a equipa está a ter um desempenho tão bom na corrida de Construtores.
Acredita que preservar os interesses dos pilotos está alinhado com o objetivo geral da equipa de ganhar o título de Construtores sem precisar de priorizar um piloto sobre o outro para o campeonato individual nesta fase.
E se Verstappen ainda estiver na luta pelo título na segunda metade da temporada?
Verstappen venceu duas das oito corridas de F1, em Suzuka e Imola, mas apenas nesta última a Red Bull teve possivelmente um carro mais forte que a McLaren.
Por outro lado, Simon Lazenby, da Sky Sports F1, questionou se a McLaren não precisará de apoiar o piloto que lidera na classificação mais tarde na temporada, caso Verstappen permaneça um forte candidato ao título.
Sugeri que o título de Pilotos individual é, em última análise, o objetivo principal e questionou se uma estratégia semelhante a usar o segundo piloto como `tampão` (como por vezes se vê nas corridas) poderia ser empregada.
Bernie Collins, também da Sky Sports F1, acrescentou que a intervenção da equipa é mais provável se a competição entre os pilotos levar a colisões, pondo em risco o Campeonato de Construtores.
Observou que, à medida que o título de Construtores se torna matematicamente assegurado, há ainda menos razão para impor ordens de equipa.
Collins concluiu que Zak Brown quer tudo – o primeiro e segundo lugar no campeonato de pilotos e ganhar o de construtores – e manterá os seus pilotos o mais felizes possível para que isso aconteça.
